Como justificar o título desse livro? Por que ele se coloca como algo “em busca da cidadania” e não em seu exercício pleno? Se entendemos que cidadania seja a expressão concreta do exercício da democracia, por que a busca por ela e não sua efetiva vivência? Teríamos nós resistências quanto ao exercício de uma cidadania plena? E o mais curioso: se temos, no ambiente escolar, um fenômeno ligado à cultura geral e à cultura científica, que tipo de discursos, representações e significações encontramos na escola quanto ao termo cidadania? É numa tentativa de refletir sobre essas perguntas que os autores dessa obra se debruçam, propondo reflexões em quatro frentes: parte I: Formação docente – discussões de aspectos sócio-histórico-culturais para a construção da cidadania; parte II: Educação e tecnologia – diálogos sobre ecossistemas educomunitivos como possibilitadores de cidadania; parte III: Práticas e experiências formativas – experiências de políticas públicas em parceria com instituições de ensino superior, a partir de uma ótica cidadã; parte IV: A educação e a pandemia: relatos dos desafios da educação frente ao contexto pandêmico e o exercício da cidadania. E fica a pergunta retórica: vivenciamos cidadania legítima ou estamos em busca dela?